Antes de tudo, deixemos bem claro que lolita é um estilo, ou
seja, roupa e, portanto, não existe de fato uma "cultura". Isso
depende do usuário, não existe um tipo de personalidade Lolita.
Ainda existem muitos estilos de lolita que não são
considerados "oficiais", pois uns dizem que existe e outros afirmam
que não existe.
O mundo das "Loli", como às vezes as pessoas que
se vestem segundo o estilo se denominam, tem base na época Vitoriana, no Rococó
e em certo saudosismo quanto à modéstia e elegância das roupas. Há também a
intenção de se parecer infantil em boa parte dos estilos, com saias rodadas,
sempre na altura dos joelhos, rendas, laços e babados. No Brasil, as pessoas
muitas vezes têm de recorrer à costureiras e às poucas marcas japonesas (e
americanas)como Baby the Stars Shine Bright,Angelic Pretty e Innocent World que
exportam, pois ainda não há lojas especializadas baseadas no país.
Muitas vezes usários e fãs de Lolita são vistos também como
fãs de visual kei ou de j-rock. Isso não corresponde necessariamente à verdade.
Muitas lolitas não possuem o menor interesse nas bandas visuais ou em rock,
independente de onde ele venha. Essa situação é especialmente visível no Japão,
em que há uma cisão entre as lolitas que preferem outros estilos de música e a
minoria que prefere visual kei e outros estilos teoricamente similares,
relacionados ou subestilos, tais como oshare kei - sendo que estas são
conhecidas como bandogyaru ou bandgirls. Bandas japonesas como Malice Mizer,
Moi dix Mois, Antic Cafe/An Cafe, Psycho le Cému e Vidoll tem membros
influentes na comunidade Lolita e que diversas vezes também aparecem em
editoriais de moda nas revistas Gothic & Lolita Bible e Kera. As cantoras
Nana Kitade e Kana são adeptas do estilo, embora sejam confundidas com músicos
de visual kei por quem tem conhecimento superficial sobre o assunto.
As Lolitas muitas vezes freqüentam karaokê, fazem
piqueniques, promovem encontros regulares para tomar chá, ou apenas ir à
cafeterias e confeitarias.