Enquanto é ainda relativamente desconhecida da maioria do
mundo ocidental, a arte shotacon e lolicon às vezes é criticada por ter uma
moral equivalente à pornografia infantil. Porém, a maioria dos fãs de shotacon
discordam, dizendo que esta é uma forma de expressão artística que supre uma
audiência completamente diferente à de adultos atraídos por garotos jovens, ou
que isso serve como uma alternativa a atual pornografia infantil ou a relações
ilegais para aqueles que as fazem. Como garotos são, estereotipadamente,
interessados em sexo em uma idade mais tenra que as garotas, o shotacon é
geralmente mais bem recebido e menos estigmatizado que sua contraparte
feminina. É freqüentemente utilizado como um gênero de comédia para difundir
potenciais controvérsias. Além disso, muitos dos fãs masculinos de mangá e
anime desfrutam de temas moderados de shotacon como uma forma de desejo
contido, devido ao uso de mulheres mais velhas e atrativas em posição sexual dominante,
ou como instrutora. Alguns sentem que isso compensa o estereótipo feminino
natural dos temas de hentai, que idealiza as bishojo (garotas bonitas) e
retrata os homens como parceiros agressivos.
Importante ressaltar ainda que, ainda que os aficcionados do
gênero critiquem o fato, pela atual lei brasileira mesmo a simples posse de
material shotacon de conotação sexual explícita indiscutivelmente constitui
crime de pedofilia (Arts. 241-A e 241-C, ECA - Lei 8.069/90), sendo a
divulgação ou venda condutas mais graves do mesmo crime.
Origens
O termo "shotacon" é uma referência ao personagem
masculino Shotaro de Tetsujin 28-go[3]. Nesta série de anime e mangá, Shotaro é
um jovem detetive que nunca tem medo de dizer o que pensa aos outros (inclusive
adultos). Além de ser o jovem dono e guardião de um robô gigante, Shotaro
frequentemente vence seus adversários adultos e ajuda na solução de casos. Ele
está constantemente cercado de alguns amigos íntimos, já adultos, como o chefe
de polícia Inspetor Otsuka, e o inventor e cientista Dr. Shikishima, que
conheceu o pai de Shotaro. Desconsiderando algumas situações nas quais nas
quais seus limites físicos estavam em desvantagem, ele age na maioria das vezes
como agiria um adulto, apesar de ser um jovem garoto. O surgimento deste
personagem foi considerado atraente por alguns espectadores, como foi
comprovado pela etimologia do termo "shotacon". Shotaro também é um
nome comum para jovens personagens masculinos em animes e mangás. Onde este
conceito de shotacon foi desenvolvido é difícil de provar, mas uma de suas
raízes mais antigas desta síndrome pode ser localizada nas respostas a leitores
nas série de detetives escrita por Edogawa Rampo, estrelando o detetive Kogoro
Akechi. Na série, Yoshio Kobayashi e seus amigos formam o Shonentanteidan (um
grupo de detetives júnior, semelhante aos Baker Street Irregulars de Sherlock
Holmes) para ajudar Mr. Akechi. Kobayashi foi descrito como um perfeito
pré-adolescente que, alguns poderiam dizer, tinha uma forte dependência por Mr.
Akechi. Sempre que Shotaro aparecia, estava preocupado com o bem-estar de
Akechi ou ajudando-o a armar armadilhas para criminosos. Nas numerosas ocasiões
em que o garoto foi capturado, Akechi se desdobrava para um salvamento
oportuno.
Exemplo de Chotacon
Fonte : Wikipédia